G. K. CHESTERTON
Lisboa, Alêtheia, 2008, 200 pp.
(Ensaio filosófico / Adultos)
Na sequência de uma série de
experiências interiores, Chesterton foi-se aproximando da ortodoxia cristã,
convertendo-se ao catolicismo em 1922; uma parte dessas experiências é descrita
como a longa epopeia «de um velejador inglês que, tendo cometido um ligeiro
erro de cálculo na rota, descobre a Inglaterra, pensando tratar-se de uma ilha
desconhecida dos mares do Sul» (Ortodoxia).
Ou seja, que percorre montanhas e vales e dá à sua inteligência tratos de polé,
para chegar às mesmas conclusões a que podia ter chegado lendo o catecismo. E a
mais clara das conclusões a que Chesterton chega na Ortodoxia é a de que o cristianismo não pode deixar de ser a
religião verdadeira, porque é a que melhor se adapta à realidade, a que melhor
descreve o mundo tal como o conhecemos e o experienciamos, com todas as
perplexidades e frustrações a ele inerentes.
Ortodoxia é um dos mais importantes livros de Chesterton, e um dos
que mais influenciou uma geração de conversos na Inglaterra do princípio do
século passado, tendo continuado a iluminar sucessivas gerações de apreciadores
deste mestre do paradoxo.
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