Sandor MARAÏ (1900-1989)
Lisboa, Dom Quixote, 2013, 216 pp.
Lisboa, Dom Quixote, 2013, 216 pp.
(Literatura / Adultos)
O primeiro capítulo apresenta-nos a personagem principal, o
pianista Z., isolado pela neve com um grupo de turistas numa hospedaria de
montanha. Passados meses, em Florença, este conhecido pianista é atacado por
uma estranha doença, que o leva a um longo internamento num hospital. Aí, tem
diálogos com o médico que o trata, sobre as dores violentas, a vida e a morte,
a agonia, o sofrimento, o sentido de tudo aquilo, a estranheza da sua situação.
Da sala de concertos para a cama de um hospital, praticamente imobilizado, toda
a sua vida é posta em causa.
Numa noite, em delírio causado pela morfina, Z. ouve uma voz
feminina, que identifica com uma das irmãs enfermeiras, que lhe sussurra: «Não
quero que morra»; a partir daí, começa a recuperar. Assim como a sua doença
começara num momento exato, em que a sua vida se afastara de tudo o que lhe
dera sentido, assim a sua recuperação tem início no momento em que ouve, em
sonhos, a voz misteriosa desta «irmã».
O livro tem o estilo narrativo intimista, profundamente
humano, doloroso por vezes, mas sempre aliciante de Márai.
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