Daphne du MAURIER (1907-1989)
Lisboa, Relógio d'Água, 2009, 288 pp.
(Literatura / Adultos)
Um
inglês e um francês encontram-se casualmente em viagem e reconhecem a sua
grande semelhança física, a ponto de poderem ser confundidos. Isso leva
Jean, o francês, a trocar de documentos, de bagagem e de quarto com John, o
inglês, depois de um longo jantar em que conversaram e beberam demais. John
vê-se assim no papel do conde St. Gilles, num chateau francês, no meio
de uma família cheia de problemas, que vai tentando resolver. À revolta inicial
vai sucedendo uma certa empatia por aquelas pessoas, que não dão pela troca.
Descobre então que Jean era um fracassado, com quem não se identifica, mas
assume o seu papel no difícil contexto familiar. Quem é ele então? Quando parece ter ajudado a resolver alguns
dos grandes problemas daquelas pessoas, Jean reaparece oportunamente, e John é
obrigado a deixar o chateau. Desiludido, como estava no início, em que
pensara refugiar-se numa abadia trapista, John parte sem saber para onde.
Narrativa interessante sob o ponto
de vista da identidade do eu e da alteridade.
Tem algumas cenas íntimas,
que seriam dispensáveis.
No comments:
Post a Comment