Sunday, February 26, 2017

A OBRA-PRIMA DESAPARECIDA (THE LOST PAINTING)

Jonathan HARR (n. 1948)
Lisboa, Presença, 2006, 248 pp.
(Ficção histórica / Jovens & Adultos)

Partindo de uma pintura desaparecida de Caravaggio, o autor descreve, num ritmo de policial que impede o leitor de poisar o livro, as diligências feitas para recuperar o quadro, ao mesmo tempo que vai narrando, com pormenor e enorme interesse, a vida do pintor.
Mais do que ficção histórica, trata-se de uma bem conseguida obra de história ficcionada.

A ROTA DA PORCELANA (THE WHITE ROAD)

Edmund de WAAL (n. 1964)
Lisboa, Sextante, 2016, 392 pp.
(Ensaio histórico / Adultos)

Combinando a história do mundo com a sua própria história como ceramista, o autor vai mostrando o fascinante papel da porcelana na história do mundo, entretecendo os relatos de reflexões pessoais sobre a vida de um artista.

OS ESPIÕES DO PAPA (CHURCH OF SPIES)

Mark RIEBLING 
Lisboa, Editorial Presença, 2016, 424 pp.
(História / Jovens & Adultos)

Com o poder na Alemanha nas mãos de Hitler e a Igreja confiada aos cuidados de Pio XII, o Pontífice apoia - de forma indireta, mas o mais diretamente que lhe é possível - múltiplas conspirações levadas a cabo por oficiais alemães, católicos e não só, com o objetivo de assassinar Hitler. 
O livro descreve ao pormenor várias destas conspirações com nomes, datas e locais muito precisos, num ritmo alucinante que faz lembrar os melhores filmes de espionagem, recordando a velha máxima de que a realidade é sempre mais interessante que a ficção.
Não sendo católico, M. R. contribui decisivamente, com esta obra factual, para destruir o absurdo mito segundo o qual Pio XII colaborou com o nazismo.
Muito aconselhável.

A CASA EM PARIS (THE HOUSE IN PARIS)

Elizabeth BOWEN (1899-1973)
Lisboa, Relógio d'Água, 2016, 264 pp.
(Ficção / Jovens & Adultos)

Henriette é uma menina de 11 anos, órfã, que é levada para Paris, para a casa de uma família, onde conhece Leopold, um menino de 8, e ambos assistem ao desenrolar de uma história de amor e traição. 
O livro é narrado com várias alternâncias entre passado e presente, que inicialmente podem deixar o leitor um pouco confuso, mas o estilo é muito cuidado.

Saturday, February 25, 2017

O CARRINHO DE LINHA AZUL (A SPOOL OF BLUE THREAD)

Anne TYLER (n. 1941)
Lisboa, Editorial Presença, 2017, 376 pp.
(Ficção / Jovens & Adultos)

Saga familiar de uma sucessão de gerações, narrada de vários pontos de vista, trazendo à superfície aquilo que são as imperfeições humanas que se escondem por trás da aparente perfeição de um clã feliz. 
A história saltita entre o passado e o presente, e vai-se desenrolando como um carrinho de linhas, tendo como especial protagonista a casa da família.

O MEU NOME É ALICE (STILL ALICE)

Dirigido por Richard Glatzer e Wash Wastemoreland, com Julianne Moore, Kristen Stewart (2014, cores, 101 mn)
(Drama / Jovens & Adultos)

Alice é uma mulher pelos 50 anos com uma brilhante carreira universitária e uma família bem constituída, a quem é diagnosticada a doença de Alzheimer.

O filme narra a dolorosa evolução da doença, bem como as reacções, dela e dos que a rodeiam, a esta provação.
À parte um comentário de mau gosto, o filme é bom, extremamente credível, com óptimas interpretações e um ritmo que permite ao espectador envolver-se no drama desta família, apreciar as diferentes reacções, e perguntar a si próprio o que faria nas circunstâncias.

Sunday, February 19, 2017

AS HORAS DISTANTES (THE DISTANT HOURS)

Kate MORTON (n. 1976)
Porto, Porto Editora, 2012, 528 pp.
(Ficção / Jovens & Adultos)

Durante a II Guerra Mundial, Edie e a mãe, Meredith Burchill,  são levadas de Londres para o castelo de Milderhurst, onde são acolhidas pela família Blythe. Cinquenta anos mais tarde, Edie recebe uma longa carta com remetente do castelo, que a lança numa investigação complexa ao passado da mãe.
Para quem gosta de combinar mistério, suspense e romance - com muitas páginas.

O ÚLTIMO ADEUS (THE LAKE HOUSE)

Kate MORTON (n. 1976)
Lisboa, Suma de Letras, 2015, 632 pp.
(Ficção / Jovens & Adultos)

Nos anos 30 do séc. XX, uma criança desapareceu misteriosamente de uma mansão inglesa, sem deixar rasto; a família ficou de tal maneira afetada pelo caso, que abandonou por completo o local. Mais de 70 anos depois, uma investigadora da polícia de Londres tropeça neste mistério, e acaba por entrar em contacto com um membro da família, uma idosa escritora de romances policiais.
Para quem gosta de combinar mistério, suspense e romance - com muitas páginas.

ESCRITO NO VENTO (WRITTEN IN THE WIND)

Dirigido por Douglas Sirk, com Rock Hudson, Laureen Bacall, Robert Stack (1956, cores, 100 mn)
(Ficção / Jovens & Adultos)

Um dramalhão intenso sobre os efeitos da fortuna e da ausência de uma mãe na vida de dois jovens, e o prolongamento desses efeitos na vida dos que lhes são próximos.

Excelente tensão dramática, ótima fotografia, interpretações clássicas.

O HOMEM QUE MATOU LIBERTY VALANCE (THE MAN WHO SHOT LIBERTY VALANCE)

Dirigido por John Ford, com James Stewart, John Wayne (1962, p & b, 123 mn)
(Western / Jovens & Adultos)

A conquista do Oeste americano foi feita à custa da ação civilizadora dos pequenos - advogados, professores, comerciantes - e da sobreposição do poder da lei ao poder da força.

Juntando três monstros do cinema, e três epítomes do western, este filme magnífico entretece a grande e a pequena história em duas preciosas horas de ação, tensão e humor.
Um clássico do cinema.